domingo, 16 de maio de 2010
O que você acha de encara os fatos, sem medo da verdade? Vamos ver que o nosso fim chegou, ou perceber que nunca tivemos um começo. Então o que você pensa sobre a ilusão? Ou porque você a usa tanto. Me diz, do que isso vale a você.. Mas então me diz, vamos ver que a verdade é essa.. Eu nunca vou te ter, nunca te tive, nunca vou poder te tocar, te abraçar, te beijar, sentir o calor do seu toque em sonhos talvez.. A verdade é essa, não existe mais " Eu amo você ". Não existe mais eu e você em sonhos, nem em realidade. Afinal a verdade é essa. Nunca existiu eu e você!
Eu prefiro assim.
Cada um para seu lado, cada um com seu camigo. Eu prefiro assim, prefiro que você seja feliz, e que fique com alguém que te faça feliz, que possa te abraçar em todos os momentos, te beijar, te ajudar.. Tudo aquilo que eu não poderia fazer. Eu prefiro assim, prefiro nunca poder te chamar de meu, do que te perder depois de estar completamente louca por você. Eu prefiro assim, terminar agora antes que a nossa historia de verdade começe. Mas eu vou sentir sua falta, apesar de tudo, do teu cabelo que parecia tão macio de mexer, sentir falta dos nossos planos para julho, ou de querer seu abraço. Eu vou sentir sua falta.. Mas não são 200 km de mim. São 1.300 km longe de você, e de tudo aquilo que me traria paz.. Eu prefiro assim, ou pelo menos.. Preciso prefirir nunca te ter.
Cada um para seu lado, cada um com seu camigo. Eu prefiro assim, prefiro que você seja feliz, e que fique com alguém que te faça feliz, que possa te abraçar em todos os momentos, te beijar, te ajudar.. Tudo aquilo que eu não poderia fazer. Eu prefiro assim, prefiro nunca poder te chamar de meu, do que te perder depois de estar completamente louca por você. Eu prefiro assim, terminar agora antes que a nossa historia de verdade começe. Mas eu vou sentir sua falta, apesar de tudo, do teu cabelo que parecia tão macio de mexer, sentir falta dos nossos planos para julho, ou de querer seu abraço. Eu vou sentir sua falta.. Mas não são 200 km de mim. São 1.300 km longe de você, e de tudo aquilo que me traria paz.. Eu prefiro assim, ou pelo menos.. Preciso prefirir nunca te ter.
sábado, 1 de maio de 2010
Saudade é ser, depois de ter.
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.
domingo, 25 de abril de 2010
"Amei-te antes, muito antes, de te conhecer. Quando te vi pela primeira vez, limitei-me a constatar um facto e a reconhecer a evidência do teu corpo, obviamente concebido para encaixar no meu até ao ponto de nada verter entre ambos. Tive tonturas e náuseas, coisa de que não estava à espera, mas que agora até entendo: pode ser desmesurada, a emoção de chegar a casa, e revelar-se somaticamente. Nada aprendi que então não soubesse: antes de nós, andáramos a perder tempo. Achei-te tão inevitável como primeiro ser dia e depois noite, e quase feio, embora de imediato me tenha apetecido lamber-te a pele branca, muito mais branca do que na fotografia que me enviaras, como se fosses água fresca e eu cheia de sede. Ainda sem nada termos dito e já as palavras obsoletas e extemporâneos, os preliminares. Tive vontade de uivar, arfar e copular - não necessariamente por esta ordem - logo ali em cima da mesa, com aquela ausência de moral que assiste aos repentes animais, em especial aos que urge satisfazer com barulho e sem qualquer outra razão que não a do formigueiro que nos tortura as camadas subcutâneas. Amei-te, muito antes de saber o que era, o sermos o cônjuge de alguém, o precisarem de nós para a comida na mesa, para o entretém; o sermos de tanta gente ao mesmo tempo que acabamos desmembrados e espalhados aos bocados pelos outros, até não sobrar resto de nós para nos podermos dar à única pessoa que não nos reclama. Pode ler-se a olho nu o meu destino nas linhas da tua mão, pelo que de nada te adianta fechá-la, que queres?, vivo com esta convicção, a de que acabaremos junto e velhinhos, aflitos com dores nas costas, esquecidos dos nossos nomes e enterrados para sempre nas imperfeições do outro. Tu, a amparares-me amorosamente a papada e eu, a massajar-te os ossos esboroados e a aliviar-te o reumático, numa suave recriminação mútua por não nos termos encontrado antes, como competiria a quaisquer almas que se reclamam gémeas, ambos sabendo que só o meio da vida é pouco, muito pouco, e que já fomos tarde, muito tarde."
Ja disse
Fica sabendo que não tenho medo. Que não tenho pudor nem moral e que não é a religião que me salva. Mais do que agnóstica, sou ateia, pernóstica, sou copérnica: circundo-te heliocêntrica, e que se lixem os outros. As outras. A outra. Aquela com quem estás agora. Doemos o seu corpo à ciência, abandonemo-la à sua sorte. Sou imatura e irresponsável, não vou à missa, mostro as pernas (abro-te as pernas) e faço beicinho para que sejas meu. Para de ti dispôr como quiser, vens ou ficas, vais ou vens-te. Mortifica-te, estás à vontade, o remorso a jorrar de ti madrugada fora, porque o que é teu está irremediavelmente em mim e se calhar vice-versa, nem mil duches te salvam, nem esfregado a pedra pomes, a pele numa chaga viva. Fica sabendo que não hesito; que espezinho e que comando; que faço fitas e abandono, e que não sou de fiar. És-me tão difícil quanto inesperado; és a incoerência, a incongruência, a vida vista de baixo para cima. És o dueto entre a raiva e a meiguice, entre o medo que tens do medo e a investida cega do herói solitário. Às vezes de noite quando finjo que sossego, amo-te. Também te amo em certos momentos do dia e chega a haver alturas em que te adoro, isso nos intervalos em que te esqueço. Quero apoderar-me de ti e falar com esse sotaque que enfiarás sem querer na minha boca, empurrando-o com a tua língua. Terás um dilema moral por resolver,que coisa despir-lhe primeiro?, e eu o diabo no corpo, toma lá que é para aprenderes. Quero-te perto, nas imediações, não me interessa se agora não dá, faz a trouxa e vem de malas aviadas que a estada pode prolongar-se. Sou egoísta, esporádica, imódica, e às vezes até asmática. Falta-me o ar quando me ignoras, arremelgo os olhos e arquejo, não tenho culpa, é uma doença, uma condição que me definha, tragam-me a bomba por favor. Morro se me viras as costas, se não me telefonas, se não me envias bonecos tontos que se rebolam a rir quando a ocasião pediria apenas um breve sorriso contido. Morro e olha, eu não brinco com estas coisas, vou parar-me já o coração. Escuta, ainda bate, o parvo, o teimoso: já te disse que às vezes te adoro?
Amor
"Quanto mais o tempo passa, melhor te lembro. Coisas a que nem ligava, a forma galgaz como andas, atirado para a frente e a quereres chegar sempre primeiro, e o repetir do encolher de ombros quando duvidas e não queres saber, estão agora desenhadas em mim a traço carregado. Hoje, adivinho a exacta fracção de metro que percorres a cada passo largo e a medida desses dedos cambeiros que costumavam iluminar-me a pele, da falange à falangeta; calculo quantos graus mede o ângulo que se forma entre o teu queixo e o pescoço, e de que modo a curva das tuas sobrancelhas se abate sobre o septo nasal quando desatas a pensar. Nisto não existe qualquer paradoxo: a recorrência da memória, que passa todos os dias pelos mesmos lugares, permitiu-me chegar à precisão das tuas medidas e formas, e à certeza quanto à rigorosa coreografia dos teus gestos. Quanto mais o tempo insistiu para que te arrumasse e esquecesse, mais eu me entretive numa cirurgia reconstrutiva, em viagens rápidas de ida e volta, compondo-te de cheiros e de palavras, e descartando-me do que antes me exasperava e me impedia de nos inventar um passado credível e tridimensional. Hoje, sei-te muito mais do que ontem, embora não imagine para quê me serve, o ter-te inventariado pela noite fora enquanto me espalhava ao comprido na cama. Para uma coisa, talvez: feitas as contas, sei de cor o espaço certo que ocuparias na minha cama de corpo e meio e o quanto eu teria de me encolher para te deixar dormir, ou o quão pouco teria de percorrer, em modo de deslizamento rápido e em termos de centímetros de lençol cem por cento algodão, para te abarcar todo, assim resolvendo de vez a complexa equação que traduz a volumetria do Amor."
sexta-feira, 23 de abril de 2010
I love you.
"Não da mais já não posso não consigo esconder, impossivel controlar minha vontade de você, é maior que tudo e tudo bem, acredita em mim, já mudei, e provei que não sou mais nem sei quem sou, eu duvido que isso tudo não seja amor, meu amor"
Kori, vc é minha vida, preciso de vc.....
Kori, vc é minha vida, preciso de vc.....
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